domingo, 8 de maio de 2011

C Ú M P L I C E S



Culpados ou inocentes; quem poderá nos julgar?

Um dia O Mestre falou: –Atire a primeira pedra!


Mas quem não tiver pecado: Apenas quem não errou!


Pesaram as consciências... Pedras ficaram nas mãos.


Ligados por nossas falhas, que nos fazem tão comuns,


Igualmente tão errados; companheiros coniventes,


Cúmplices dos mesmos crimes, das fraquezas da existência,


Iguais e tão diferentes... Gerais e tão singulares.


Das escolhas que fazemos, desconfiança e temores,


Até o arrependimento pelos atos cometidos.


Devemos cumplicidade, juntos entre o Bem e o Mal,


E aguardarmos A Verdade: –Nós no Juízo Final!


* * *


©Marks 2008 – 29’02
ESPAÇOS (Passos desiguais)


Pessoas passam,

Em diferentes passos;

Lentos, apressados.

Transeuntes... Indiferentes.

Completos... Metropolitanos.

Concretos... Humanos...

Ritmos incomuns,

Separados e unidos.

Dividindo e disputando...

... Espaços...

Ora aqui, ora ali...

Formando um passo em comum.

Ora, todos por um...

Ora, cada um por si!


* * *
©Marks

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eu sou minha Poesia

Marcelo Marques

Eu vou me conhecendo a cada dia,
Descubro mais quem sou em cada verso,
Encontro na palavra a companhia,
Que me compõe enquanto em mim converso.

Assim, quem sou aos poucos eu exponho,
O que sei e não sei, espero e sonho;
Muito mais que uma mente que delira...
Mas oculto também os meus segredos,
Os meus versos escondem certos medos;
A Vida como um todo é o que me inspira.

O verso ora traduz-se leve e lindo,
Ora surge em conflito, rude e tenso,
Portanto meu viver vai traduzindo:
O que sinto, não sinto e o que penso.

Tal qual a vida é mais que obra de arte,
Incompleto, mas pleno, sendo parte,
Ora surge em total desarmonia...
Já não sei quem faz quem no meu Poema;
Ora passo por vate, verso ou tema,
Pois entro na fusão desta magia.

Cada verso que faço me completa;
O verso é que me faz mais que um Poeta:
Sou pedaço da minha Poesia.

* * *
©Marks 2009